
As mulheres estão presentes no Budismo desde o seu princípio, mas assim como em outras religiões elas têm sido tratadas de maneira diferente e muitas vezes inferior aos homens.
Para que monjas pudessem ser ordenadas, foi necessário muita insistência de Mahaprajapati, a mãe adotiva de Buda, e a intervenção de Ananda, primo e discípulo de Buda. E elas tinham que observar uma série de preceitos a mais do que os dos homens. Muitos deles diziam respeito aos seus corpos e às responsabilidades que as mulheres deveriam ter sobre o desejo e comportamento masculino.
Na Sanga Therigatha onde pratico com a Monja Waho Sensei, o nome já é uma homenagem às mulheres praticantes. Therigatha é um texto que conta a história das primeiras monjas budistas. E organizamos um grupo de estudos sobre a linhagem das mulheres onde estamos traduzindo o livro “The Hidden Lamp: Stories from Twenty- Five Centuries of Awakened Women” tradução livre “Lamparinas Escondidas – 25 Séculos de Estórias de Mulheres despertas”. Esse livro traz estórias tradicionais e koans (histórias zen que ajudam no despertar) com mulheres, algumas com nomes, mas muitas são “a velha senhora”, “a mulher sábia”, “a mulher em samadhi”, mostrando como apesar da presença feminina durante esses séculos de prática, elas passaram muitas vezes anônimas. E os comentários dessas histórias são feitos por professoras do Darma, leigas e monásticas, contemporâneas, fazendo com que nos conectemos com esses ensinamentos de maneira atual.
Por uma coincidência, o Zen Center de São Francisco está oferecendo uma série de encontros sobre o livro com uma das editoras, a Rev. Florence Caplow junto com Dana e claro, que eu não ia perder a oportunidade de participar! Não só isso, como propus um encontro dela com a Sanga Brasileira e tanto ela como a Waho Sensei toparam! E o que é mais maravilhoso é que esse encontro será nesse sábado, dia 10 de abril e todos que se interessarem podem se inscrever. Clique abaixo para mais informações!
